29/10/2012

Reino Stoom


Já havia decidido, o gênio Ralf Stewart podia tudo, estava certo que seria o melhor mago do reino, desde cedo sempre foi o melhor em tudo que se propunha a fazer, então era só dar mais um passo, e se ingressar na maior Academia Arcana em todo o reino, a Academia de Arcondis. Não sabia nenhuma magia e nem ao menos poderia ter passado em um teste simples dado pelo Arc-Mago Louis, mas com todo o dinheiro que seu pai doou “gentilmente” a Academia o teste nem foi preciso, e assim Ralf caiu de paraquedas na academia. Com o passar dos anos, Ralf se tornou o melhor Alquimista da academia, tirava as melhores notas em teoria da magia, mas começou a perceber que não levava mesmo jeito para magia, isso foi o deixando frustrado, -“Alquimia... Isso nem mesmo pode ser chamado de magia” – Dizia Ele, mas ele não desistia, não parava de estudar mesmo sem conseguir entender a mecânica da magia, achava impossível um gênio como ele não entender o que outros idiotas achavam tão simples. Foi então que teve a grande ideia o conselho de magos só poderia estar escondendo algo, ele começou a investigar e então descobriu livros secretos, livros empoeiradas em uma velha prateleira em uma sala velha e mofada, repleta de teias de aranha, em um lugar onde ninguém se interessava em olhar, livros que tratavam de outro tipo de magia, uma magia há muito esquecida, mal sabia ele que nem mesmo o Arc-Mago sabia da existência destes livros ou deste lugar, esta nova magica o deixava deslumbrado e ao contrario do resto ela era muito simples de se entender para sua mente brilhante. Ele resolveu então roubar estes livros e com o dinheiro que seu pai lhe mandava ele montou um laboratório na cidade de Arcondis,
onde estudava secretamente e fazia suas experiências, agora tudo se encaixava sua nova magica, cujo nome foi dado por ele como Machina, era perfeita. Com mecanismos simples ele criou um bastão que soltava fogo com um pó arenoso chamado pólvora negra e pequenas esferas de chumbo a isso deu o nome de pistolas. Deslumbrado com sua invenção, ele volta a academia para mostrar em que seus estudos tinham se transformado, Ralf mostra ao Arc-Mago que se assusta com o resultado e convoca o conselho, o ancião do conselho sabia muito bem o que era aquilo, e tentando ludibriar a mente de Ralf ele diz que é perigoso e que todo o seu trabalho deveria ser destruído, mas Ralf se nega e meio que na inocência ele atira e mata um membro do conselho. Era tarde de mais para se desculpar e sobre ataques mágicos ele foge para cidade de Arcondis onde é seu laboratório. - Maldita pistola, ele pensa, se ao menos pudesse atirar mais de uma vez eu não seria ferido por aquelas magias. Em seu laboratório recolhe os livros e experimentos junto com um pouco de dinheiro e sai da cidade levando consigo um talentoso mercenário contratado. A magia é muito eficaz e mesmo antes de chegar à próxima cidade ele já era procurado por todo reino, era impossível passar pelos guardas da Fenda de Crithallún acompanhado apenas de um mercenário, por outro lado não tinha como se arriscar nas cidades sendo procurado, então ele viveu em uma pequena gruta perto da fenda se alimentando da caça e arquitetando sua saída, nessas alturas o ódio de Tigor Hammerhearth por ter se tornado um procurado involuntário já havia dado lugar a uma grande amizade e ele logo começou a partilhar dos mesmos ideais que Ralf, viu os aparatos de Ralf funcionar e ficou deslumbrado quando Ralf conseguiu uma carruagem a vapor que poderia tira-los dali com facilidade, e então ele rapidamente se tornou mais que um mercenário, se tornou mais que um braço direito, se tornou um amigo. Nesses meses arquitetando sua fuga, aprenderam muito de si e do outro, viram os pontos fortes e fracos até que resolveram arriscar uma saída forçada. Passar pela fenda foi fácil, mas no fim eles se viram perseguidos pelos três homens de confiança do Rei Lorengar Crithallún, solicitados pessoalmente pelo Grão Mestre da Ordem dos Magos de Arcondis, eram eles Ensiê Lancelot (Um guerreiro muito talentoso), Znar Alliester (Mago pertencente ao concelho do Rei e ao circulo interno da Academia – Maior interessado em captura-los) e Luphenia (Único Minotauro em todo o reino – alias única criatura não humana) e foram pegos a alguns dias de viagem da grande fenda, a luta foi árdua, Ralf fez o que pode, mas tinha que se salvar e infelizmente teve que concordar quando Tigor se propôs a atrasar os inimigos, colocou o máximo de lenha que podia em sua carruagem, já muito danificada pelos ataques do Minotauro e fugiu, como ele mesmo disse depois, “a todo vapor”, entrando despercebidamente em um território bárbaro inimigo do reino, não se sabe se foi sorte ou azar, mas inimigos do Reino Crithallún eram considerados amigos da tribo Olifant (uma tribo de grandes guerreiros com pele negra como o ebano, tendo o elefante como totem, e como principais inimigos o Reino Crithallún e a tribo Izipanterë, tem a pantera negra como totem – aliados entre si), eles não mediram esforços para ajuda-lo e o trio teve que recuar, mas infelizmente para o bravo Tigor era tarde e aos prantos Ralf ouve o ultimo desejo do amigo, Ralf sabia que não poderiam ficar ali por muito tempo e que logo eles voltaram com reforços então concertou sua carruagem com o pouco que tinha paliativamente e convenceu o Rei da tribo (o que não foi muito dificil) de migrarem ao leste o mais longe possível das Montanhas Cinzentas, levou consigo o corpo de seu amigo e viajaram por muito tempo, o corpo começava a se decompor o cheiro era horrível e com o passar do tempo o rei exigiu que se desfizessem dele, e foi com muito pesar que Ralf (exigindo que o fizesse sozinho) enterrou seu amigo voltando apenas com um saco de couro que não foi questionado de onde era.
Luphenia, Aliester e Enciê
Viajaram por meses ate se verem encurralados novamente por um grande bando de Magos da Ordem, lutaram arduamente e Ralf fugiu com o Rei e alguns dos guerreiros a ele cedidos, os que ficaram pra lutar foram massacrados e a perseguição continuou até que mais uma vez entrou em um território estranho, ali a magia não funcionava, a sorte parecia lhes sorrir mais uma vez, derrotaram os magos facilmente e resolveram que ali era seu lugar, com o passar do tempo viram que ali não era só a magia que não funcionava, haviam também perdido as graças do totem, alguns não se importavam mas o Rei junto com a maioria de seu súditos resolveu sair dessas terras, mas Ralf estava se sentindo em triunfo, e mesmo que fosse sozinho ficaria por ali, e assim o fez, e com os homens e mulheres que lhe restaram construiu uma cidade, que logo se tornou grande e atraiu pessoas de todas as raças para esse lugar, e ele se tornou um pequeno Reino onde Ralf é Rei.
O Grande Deserto é um lugar totalmente desprovido de mana nenhum tipo de magia é possivel no local.
E então Ralf realizou o ultimo pedido de seu amigo retirou do saco de couro sua cabeça, bem conservada por um liquido regenerativo que havia trazido do Laboratório de Alquimia da Academia de Arcondis e deu a ele um corpo metálico movido a vapor, logicamente parte de sua memoria estava perdida, mas o que sobrou foi satisfatório e Tigor continuou sendo o braço direito do Rei Ralf, que com o tempo aprendeu a lutar e tem em seu reino uma estrutura hierarquica parecida com a dos Reinos Bárbaros ainda hoje ele e todos que carregam sua tecnologia são procurados no Reino Crithallún, mas em compensação Reino Stoom tem boa relação com todo o resto de Ziemia.
Rei Ralf, Tigor e a Rainha Jollis 

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